5 de setembro de 2014

Front-Fill, Center-Fill, Down-Fill, Out-Fill - Você sabe o que é?

Nos documentos técnicos encontramos pedidos de Front-Fill, Center-Fill, Down-Fill, Out-Fill, etc… Mas qual a diferença de cada um?
Dentro de um sistema de sonorização o intuito é de que todos os espectadores tenham a oportunidade de ouvir tudo que acontece no palco, portanto é preciso mais que uma única fonte de sonorização. Preocupado com isso, para se preencher todos os espaços dentro de uma diferença de + ou – 3dB C SPL, precisamos de vários sistemas, e são eles:
MAIN PA
 Traduzindo ao pé da letra: PA principal, ou melhor, PA é a abreviação de Public Address (endereçado ao público)
Se pudéssemos enxergar a dispersão de uma caixa ou de um sistema, nós iríamos visualizar em lóbulos, como na Fig. #1.
Fig #1

Esses lóbulos são determinados por medições On-AX/ Off AX. (dentro do eixo/ fora do eixo) em um range (extensão) de 6 dB. São esses parâmetros que definem qual o ângulo de cobertura de uma caixa/sistema de som.
Então, para termos a cobertura e otimização do som fora desses eixos, colocamos sistemas complementar ao Main-PA.
DOWN FILL
 A palavra Fill do inglês, tem a tradução ao pé da letra preencher, ou seja, preencher abaixo do sistema principal.
Muitas vezes vemos hoje com os sistemas de Line-Array, (Agrupamento em linha)(nesse caso o agrupamento é dos elementos como os “drivers” de alta freqüência e outros alto-falantes) existem caixas apontadas para baixo, para atingir os espectadores a 2 ou 3mts de distância. Eu particularmente não gosto disso, pois terei muita energia para pouco espaço a ser sonorizado. Poderíamos atenuar o volume dessas caixas, entretanto estaríamos mudando a interação com o resto do sistema, isso poderia ser feito com caixas dedicadas a esse espaço, as vezes penduradas abaixo do próprio Line-Array ou colocamos algumas caixas acima do sub-woofer localizado abaixo do “Main PA”.
No livro Sound Reinforcement Handbook escrito por Gary Davis & Ralph Jones, fala no capítulo 18.6 ‘Use of fill systems’, fala sobre o uso de mais componentes em um arranjo de caixas Acústicas para sonorizar.
FRONT-FILL
(linha de frente) Depois que foi diminuído o volume (SPL) do palco, eliminando os monitores que foram trocados por In-Ear, e as vezes eliminando até mesmo os “Side-Fill” (linha lateral), a área VIP que fica bem próximo ao palco começou a ficar com menos som, sem ouvir com exatidão as fontes sonoras do palco. É claro que mesmo com monitor e “Side-Fill” é necessário o Front-Fill pois tanto o Main PA quanto o Down-Fill não conseguem atingir com seus lóbulos On-AX a essa área, deixando esse espaço sem som direto e fora do “range” de + ou – 3dB da fonte principal.Essas caixas normalmente são para tiros curto, em torno de 3mts.
O som que vem do palco não é um som mixado com intenção de agradar a platéia, ele pode não corresponder em equilíbrio e planos de mixagem o que o operador de PA tem como objetivo.

FRONT-FILL
CENTER-FILL
(linha de frente) Com a distância entre os “Main PA” é formado um lóbulo de “sombra” bem de frente ao palco, mas depois da linha dos “Front-Fill”, um “Center-Fill” vem para completar essa “sombra”. Normalmente é instalado pendurado bem no centro do palco.
No caso, eles atuam conjuntamente (front-fill e Center-fill) para complementar o som no eixo central do palco.
OUT-FILL
 (linha de fora) Mesmo com os sistema de Line-Array com dispersão a 120˚, em locais mais largos o “Main PA” pode não cobrir, então existe o Out-Fill, preenchendo as laterais, dependendo do sistema a disposição, esse sistema de Out-Fill pode receber um Matrix com a soma do sinal principal ou até mesmo recebendo o sinal do Main PA oposto, ou seja, o Out-Fill localizado do lado do Main PA Left (esquerdo) pode receber o sinal do Main PA Right (direito) e vice e versa, dando ao publico mais ao lado uma imagem estéreo.

Em minha opinião, todos esses sistemas teriam que ser da mesma marca e da mesma série, para garantir a integridade da mix original. Isso é um ideal, mas na prática, nós sabemos que é difícil de realizar.
Eu também entendo que, esse sistema tem que ser processado, alinhado e otimizado através de um “Rack-Drive” (dedicado para processamento e monitoramento do sistema) e não no console que está a disposição do engenheiro que irá mixar.
Existe um profissional que falta em nosso mercado, o engenheiro de sistema.
É dele a responsabilidade de desenhar, otimizar e alinhar todo o sistema, deixando a responsabilidade apenas do alinhamento técnico que vai ser realizado pelo engenheiro do artista. 

25 de agosto de 2014

VU METER - O QUE É ISSO?



O medidor de volume de audio , mais conhecido como VU (unidade de volume) é um dispositivo de medição de áudio. Ele é projetado para medir visualmente a “potência” de um sinal de áudio. VU é a abreviação de “unidades de volume” e é uma medida de potência de áudio média
O medidor de VU foi desenvolvido no final de 1930 para ajudar a padronizar as transmissões através de linhas telefônicas. Ela passou a se tornar uma ferramenta de medição padrão em toda a indústria de áudio.
E PARA QUE É USADO?
O VU mede os níveis de som médio (RMS) e são projetados para representar visualmente a forma como os ouvidos humanos percebem volume.
O tempo de subida do ponteiro do VU (o tempo que leva para registrar o nível de um som) e o tempo da sua queda (o tempo que leva para voltar a uma leitura mais baixa) são 300 milissegundos.
O nível ideal de áudio para um medidor VU é geralmente em torno de 0VU, muitas vezes referida como “0dB”.
COMO ISSO FUNCIONA?
Tecnicamente falando, 0VU é igual a 4 dBm, ou 1,228 volts RMS através de uma carga de 600 ohm.
Um medidor de VU responde de forma relativamente lenta e considera o volume do som durante um período de tempo e seu zero é definido como o nível em que existe 1% de distorção harmônica total do sinal gravado.
Já o dB, abreviação de “decibéis”, é uma medida de potência de áudio instantâneo. Um medidor de dB responde muito rapidamente e considera a potência de áudio em cada instante. e seu zero é definido como o nível em que há 3% de distorção harmônica total.
Os VUs funcionarm muito bem com sons contínuos, mas funcionam mal com transients rapidos, por isso são basicamente utilizados para uma medição media do som.
DEVO USAR O VU?
Sim, pois os medidores são importantes e devem ser mantidos em ou abaixo de zero para evitar distorções significativas em uma gravação mesmo a digital. Em certas situações, como quando há uma subida rapida com sons altos ou com instrumentos que são muito ricos em harmônicos, é possível ter a leitura do medidor em acima de zero, embora o medidor VU permanece abaixo de zero.
O nível ideal de áudio para um medidor VU é geralmente em torno de 0VU, muitas vezes referida como “0dB”.

21 de agosto de 2014

Quer ser DJ? Então saiba como começar e quanto investir!

Aqui vão algumas dicas básicas pra quem quiser entrar na profissão de uma maneira séria e profissional! 



01 - Técnica

Faça um curso de DJ em uma escola ou com um grande profissional em que vc vai aprender toda a teoria e técnica que um profissional precisa para exercer a profissão. Não existe uma quantidade exata de aulas que vai te ensinar tudo, a prática é a melhor opção!

02- Softwares 

Não é todo DJ que arrisca na carreira de produção, mas hoje é quase uma obrigação um DJ ter esse conhecimento e tentar criar suas próprias músicas!


 Ableton - Software para produção


03- Dedicação 

Vc vai precisar de muita dedicação e pesquisa no que está acontecendo no mercado da música. Visitar Sites,Blogs e conversar com outros DJs e produtores para trocarem experiência.
Alguns DJs também dão além de cursos, dicas online para a galera ir sempre se atualizando. 


04- Equipamentos

Bons equipamentos e um kit básico para treinos o tornarão mais profissional e capacitado para enfrentar qualquer pista e situação.
Os equipamentos da Pioneer são os mais indicados por terem um padrão mundial.

Algumas cdjs - 350 - 850 - 900 - 2000 
Mixer - 250 - 350 - 800 - 850 - 900 (nexus - 2000(nexus)
Fone de ouvido: os mais usados são hdj2000 pioneer
Moda v - Monster beat (David Guetta ou pro) - sennheiser hd 25

Preços

- Um kit simples de cdj e mixer 350 saem numa faixa de 9 a 10 mil
- Um kit de mixer e cdj 2000 o Mais top saem numa faixa de 22.000,00 a 24.000,00 
- O fone e de 700 a 1.500 reais depende do modelo!


 Pioneer 350 - básica e portátil, muito boa para treinar em casa 
                                                                         Pioneer 2000 - a mais usada em festas


05 - Divulgue

Depois de bem treinado é hora de partir para o mercado, escolha uma boa agência e um booker que te coloque em festas e baladas que realmente possuem a sua cara e perfil, (Nada de tocar em festa de 15 anos, ou tocar em balada em troca de bebida ok)? Umas boas fotos e um press kit bem criativo valorizam muito o DJ!




Acessórios


Hoje o que tenho visto por muitos DJs e projetos são Djs que estão utilizando outros instrumentos e acessórios para complementarem a apresentação e seu som, Desde saxofone, violino até berimbau e percussão, além de acessórios como mesas e controladoras que amplificam e aumentam o número de efeitos para sua apresentação!






Valorize o  seu preço! 


Voçê gastou dinheiro com aula, equipamento, divulgação e na hora de tocar quer fazer de graça? Não não! Dependendo da cidade, a profissão DJ ainda é bem desvalorizada e se vc's (DJs) não começarem a se valorizarem, nada muda! É claro que boas parcerias podem sim trazer bons frutos futuramente, mas cuidado para não confundir com exploração e burrice!

4 de março de 2014

Sennheiser quer desmistificar que tem apenas produtos para ricos

Entrevistamos o gerente de vendas da empresa no Brasil, que nos contou alguns dos esforços da marca para mostrar ao público o custo-benefício de seus produtos.

A popularidade entre nichos especializados

Começamos nossa entrevista indagando Jean Polassi sobre a atual situação da Sennheiser no mercado brasileiro. O executivo nos contou que a marca é bastante forte entre alguns nichos específicos e conhecedores do assunto. Os grandes destaques ficam por conta de cantores e emissoras de TV.
De acordo com o gerente de vendas da empresa no Brasil, aproximadamente 90% dos canais de televisão nacionais trabalham quase que exclusivamente com fones, microfones, amplificadores e outros produtos da Sennheiser.


Fone intra-auricular CX 890i. (Fonte da imagem: Divulgação/Sennheiser)

Além disso, um grande grupo de cantores usa e assina embaixo dos equipamentos com a marca. Entre a seleção de estrelas, uma que se destacou foi a Ivete Sangalo, que não contente em adquirir o modelo de microfone top de linha da empresa, mandou cravejá-lo de pedras preciosas negras.

Mudando a cara da marca

De acordo com Polassi, essa associação entre artistas e a Sennheiser dá uma visibilidade muito grande para a marca. Contudo, muitas pessoas acreditam que todos os produtos da empresa custam milhares de reais e são acessíveis apenas para quem tem muito dinheiro na carteira.
O que não é verdade, de acordo com o executivo. O portfólio da companhia possui fones que custam a partir de R$ 99, além de modelos de grande potencial e com características profissionais por preços que giram em torno de R$ 400 a R$ 500.


Fone Momentum Black com todo o seu estilo e design. (Fonte da imagem: Divulgação/Sennheiser)

Quando esse valor é parcelado em 10 ou 12 vezes, o custo para o consumidor final é relativamente baixo. E, para proporcionar isso, a empresa tem trabalhado com o aperfeiçoamento de suas redes de distribuição. Uma das principais iniciativas adotadas é a parceria com cada vez mais serviços de comércio eletrônico, incluindo sites como Submarino e Ponto Frio.

Promoções em vista

Além de promover melhorias no sistema de distribuição dos seus produtos, facilitando a sua chegada e forma de pagamento, a Sennheiser pretende realizar promoções que aproximem os seus clientes da empresa.
Polassi não pode revelar quais serão exatamente as estratégias para isso, mas uma das táticas que deve ser usada já em 2013 é o lançamento de campanhas que darão convites para a entrada de compradores dos produtos da marca em shows de artistas internacionais que se apresentarão no país e que também usam os equipamentos da empresa.

As novidades na CES 2013

Para a CES 2013, a Sennheiser montou um stand bem variado. Entre os destaques dos modelos intra-auriculares estava o CX 890i: um fone extremamente leve, muito confortável, que possui a qualidade tradicional dos produtos da marca e que conta com um mecanismo de controle em seu cabo.


IE 800: o fone que ganhou o prêmio de inovação em design na CES 2013. (Fonte da imagem: Divulgação/Sennheiser)

Na categoria overhead, o Momentum Black foi o fone que chamou muito a nossa atenção, principalmente pelo visual retrô da sua estrutura combinado com detalhes mais esportivos e modernos, como a cobertura em couro natural preto e as costuras em vermelho.
Contudo, o centro das atenções do stand era o IE 800, modelo que ganhou o prêmio de inovação em design na feira deste ano. Tendo o seu “corpo” fabricado em porcelana e alto-falantes potentes, esse fone é considerado por alguns especialistas como aquele que reproduz sons com a melhor qualidade na atualidade. O preço dele? Quase US$ 1 mil.

Morre o criador da companhia de áudio Bose

Amar G. Bose tinha 83 anos e foi responsável por criar na década de 60 uma das companhias mais renomadas do segmento.


Morreu nesta sexta-feira (12), aos 83 anos, Amar G. Bose, o fundador da companhia de áudio Bose. A informação foi confirmada em nota oficial da companhia e também pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). A causa da morte, entretanto, não foi revelada.
Amar fundou a Bose Corporation em 1964. Na época ele trabalhava como professor de engenharia elétrica no MIT. Quando fazia sua tese de doutorado, no final da década de 50, Bose teve a ideia de trabalhar com a direção e a reflexão do som, características que ele viria a empregar na primeira linha de produtos da empresa, os alto-falantes 901.
Amar G. Bose era detentor de diversas patentes relativas a tecnologias de áudio, licenças que ainda hoje são utilizadas pela sua companhia. Trabalhando até os seus últimos dias na Bose Corporation, Amar continuou dando aulas no MIT até 2011.
“Embora meu pai seja muito conhecido pelo seu sucesso como inventor e como homem de negócios, ele era primeiramente um grande professor. Eu não poderia nem contar a quantidade de pessoas que eu conheci e que disseram que o meu pai foi o melhor professor que elas tiveram”, destacou Vanu G. Bose, filho de Amar, em nota publicada no site do MIT.