4 de março de 2014

Sennheiser quer desmistificar que tem apenas produtos para ricos

Entrevistamos o gerente de vendas da empresa no Brasil, que nos contou alguns dos esforços da marca para mostrar ao público o custo-benefício de seus produtos.

A popularidade entre nichos especializados

Começamos nossa entrevista indagando Jean Polassi sobre a atual situação da Sennheiser no mercado brasileiro. O executivo nos contou que a marca é bastante forte entre alguns nichos específicos e conhecedores do assunto. Os grandes destaques ficam por conta de cantores e emissoras de TV.
De acordo com o gerente de vendas da empresa no Brasil, aproximadamente 90% dos canais de televisão nacionais trabalham quase que exclusivamente com fones, microfones, amplificadores e outros produtos da Sennheiser.


Fone intra-auricular CX 890i. (Fonte da imagem: Divulgação/Sennheiser)

Além disso, um grande grupo de cantores usa e assina embaixo dos equipamentos com a marca. Entre a seleção de estrelas, uma que se destacou foi a Ivete Sangalo, que não contente em adquirir o modelo de microfone top de linha da empresa, mandou cravejá-lo de pedras preciosas negras.

Mudando a cara da marca

De acordo com Polassi, essa associação entre artistas e a Sennheiser dá uma visibilidade muito grande para a marca. Contudo, muitas pessoas acreditam que todos os produtos da empresa custam milhares de reais e são acessíveis apenas para quem tem muito dinheiro na carteira.
O que não é verdade, de acordo com o executivo. O portfólio da companhia possui fones que custam a partir de R$ 99, além de modelos de grande potencial e com características profissionais por preços que giram em torno de R$ 400 a R$ 500.


Fone Momentum Black com todo o seu estilo e design. (Fonte da imagem: Divulgação/Sennheiser)

Quando esse valor é parcelado em 10 ou 12 vezes, o custo para o consumidor final é relativamente baixo. E, para proporcionar isso, a empresa tem trabalhado com o aperfeiçoamento de suas redes de distribuição. Uma das principais iniciativas adotadas é a parceria com cada vez mais serviços de comércio eletrônico, incluindo sites como Submarino e Ponto Frio.

Promoções em vista

Além de promover melhorias no sistema de distribuição dos seus produtos, facilitando a sua chegada e forma de pagamento, a Sennheiser pretende realizar promoções que aproximem os seus clientes da empresa.
Polassi não pode revelar quais serão exatamente as estratégias para isso, mas uma das táticas que deve ser usada já em 2013 é o lançamento de campanhas que darão convites para a entrada de compradores dos produtos da marca em shows de artistas internacionais que se apresentarão no país e que também usam os equipamentos da empresa.

As novidades na CES 2013

Para a CES 2013, a Sennheiser montou um stand bem variado. Entre os destaques dos modelos intra-auriculares estava o CX 890i: um fone extremamente leve, muito confortável, que possui a qualidade tradicional dos produtos da marca e que conta com um mecanismo de controle em seu cabo.


IE 800: o fone que ganhou o prêmio de inovação em design na CES 2013. (Fonte da imagem: Divulgação/Sennheiser)

Na categoria overhead, o Momentum Black foi o fone que chamou muito a nossa atenção, principalmente pelo visual retrô da sua estrutura combinado com detalhes mais esportivos e modernos, como a cobertura em couro natural preto e as costuras em vermelho.
Contudo, o centro das atenções do stand era o IE 800, modelo que ganhou o prêmio de inovação em design na feira deste ano. Tendo o seu “corpo” fabricado em porcelana e alto-falantes potentes, esse fone é considerado por alguns especialistas como aquele que reproduz sons com a melhor qualidade na atualidade. O preço dele? Quase US$ 1 mil.

Morre o criador da companhia de áudio Bose

Amar G. Bose tinha 83 anos e foi responsável por criar na década de 60 uma das companhias mais renomadas do segmento.


Morreu nesta sexta-feira (12), aos 83 anos, Amar G. Bose, o fundador da companhia de áudio Bose. A informação foi confirmada em nota oficial da companhia e também pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). A causa da morte, entretanto, não foi revelada.
Amar fundou a Bose Corporation em 1964. Na época ele trabalhava como professor de engenharia elétrica no MIT. Quando fazia sua tese de doutorado, no final da década de 50, Bose teve a ideia de trabalhar com a direção e a reflexão do som, características que ele viria a empregar na primeira linha de produtos da empresa, os alto-falantes 901.
Amar G. Bose era detentor de diversas patentes relativas a tecnologias de áudio, licenças que ainda hoje são utilizadas pela sua companhia. Trabalhando até os seus últimos dias na Bose Corporation, Amar continuou dando aulas no MIT até 2011.
“Embora meu pai seja muito conhecido pelo seu sucesso como inventor e como homem de negócios, ele era primeiramente um grande professor. Eu não poderia nem contar a quantidade de pessoas que eu conheci e que disseram que o meu pai foi o melhor professor que elas tiveram”, destacou Vanu G. Bose, filho de Amar, em nota publicada no site do MIT.